# Histórico e qualidade da BP3: pesquisadores apresentam importantes resultados Estudos e pesquisas sobre o histórico e a qualidade da água da Bacia do Paraná 3 (BP3), que abastece o Reservatório da Itaipu, deram o tom do primeiro dia da terceira edição do Workshop do Núcleo de Inteligência Territorial (NIT): Dados, Informações e Conhecimento a Serviço da Gestão Territorial e Segurança Hídrica. No âmbito das águas superficiais, a Dr. Adriane Calboni, da Universidade Federal do ABC (UFABC) e bolsista do NIT, apresentou os efeitos da cobertura do solo sobre a provisão de serviços ecossistêmicos associados aos recursos hídricos do reservatório. [](https://nitdocs.itaipuparquetec.org.br/uploads/images/gallery/2021-12/adriane.PNG) As mudanças dos usos da terra afetam os ecossistemas naturais e, consequentemente, impactam diretamente nos recursos hídricos, com a BP3 não seria diferente.
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Com economia baseada no setor agroindustrial, a região concentra boa parte do uso do solo em cultivos anuais (57,5%); seguidos de floresta nativa (17%), pastagem (6,5%) - em declínio, e área urbana – em expansão (1,8%). |
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Foram analisadas as 7 sub-bacias: Arroio Iguaçu, São Francisco Verdadeiro, São Francisco Falso, São Vicente, São João, Ocoí e Passo Cuê. |
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Segundo Adriane, “para a maioria dos casos (68,5%), não houve tendências nem de melhora nem piora”. |
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A pesquisa detectou ainda que, em 71 casos (27,8%), houve piora. Em destaque, a condutividade elétrica (CE) e Nitrato (NO3- ) que na maioria dos recursos d´água apresentaram tendências de piora. Enquanto 6 cursos d´água ( localizados nas sub-bacias Ocoí, Passo Cuê, Arroio Iguaçu e São Francisco Verdadeiro, ) apresentaram piora para todos os parâmetros. |
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"Para isso, são recuperados perfis sedimentares e datá-los através de perfis radioisótopos - no caso de reservatórios que são ecossistemas "jovens" na paisagem, o que se usa é o Chumbo (210 Pb) e Césio (137Cs)", explicou a especialista. |
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"São Francisco Verdadeiro apresentou maior velocidade de sedimentação, enquanto Arroio Fundo apresentou decréscimo de velocidade", concluiu a palestrante. |
[](https://nitdocs.itaipuparquetec.org.br/uploads/images/gallery/2021-12/bianca.JPG) Os impactos das atividades produtivas, especialmente as agrícolas, também foram pautadas pela **Drª Bianca Amaral**, pesquisadora do NIT, no painel sobre **“Micropoluentes em águas superficiais e subterrâneas: a importância do monitoramento para segurança hídrica”**. Segundo Bianca, o modelo de teste Screening (rastreio) utilizado nas últimas análises do Eixo Água NIT, demonstrou ser uma excelente ferramenta para nortear quais os prováveis poluentes presentes nos recursos hídricos. Além disso, o monitoramento de diversos agrotóxicos pode auxiliar na mudança de parâmetros reguladores e nortear estudos sobre possíveis efeitos tóxicos na biodiversidade. | [](https://nitdocs.itaipuparquetec.org.br/uploads/images/gallery/2021-12/gustavo.JPG) Aprofundando, literalmente, as questões que envolvem a qualidade da água na BP3, o **Drº Gustavo Athayde**, da UFABC, trouxe o panorama das “águas invisíveis” ou águas subterrâneas. De acordo com Gustavo, as pesquisas apontam que a BP3 depende das águas subterrâneas para seu desenvolvimento social e econômico. **Sobre os efeitos negativos da superexploração e/ou contaminação dos aquíferos por fluidos superficiais**, o pesquisador detalhou que "necessitamos complementar o monitoramento com ferramentas complementares para compreender onde estão as zonas mais produtoras, qual profundidade e a idade das águas subterrâneas". |