Newsletter NIT #2
Monitoramento do SarsCov2 no esgoto e mais. Confira!
- Cartilha informativa COVID-19: por que monitorar os esgotos?
- Biólogas do NIT.IB integram Fórum Consultivo de Apoio à UGD-RBMA ITAIPU
Cartilha informativa COVID-19: por que monitorar os esgotos?
A iniciativa “Monitoramento do esgoto como ferramenta de vigilância sanitária para detecção precoce do Sars-Cov-2” acaba de lançar, nesta segunda-feira (X), uma cartilha informativa sobre a pesquisa multi-institucional que está utilizando amostras de esgoto sanitário para mapear a presença do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em áreas específicas da Itaipu Binacional e em bairros de Foz do Iguaçu (PR).
O objetivo do material, que está disponibilizado nos formatos impresso e digital, é apresentar de maneira descomplicada e com linguagem acessível as ações desenvolvidas pelo projeto e sua importância para o acompanhamento da evolução da epidemia e antecipação em até duas semanas a curva da média móvel de casos a partir dos dados coletados pelos pesquisadores.
A versão digital do conteúdo já está disponível e você pode acessá-la aqui: pti.org.br/projetomonitoracovid19.
A cartilha é uma produção dado Eixo Saneamento do NIT.IB com apoio da Escola Internacional para Sustentabilidade (EIS) e contou com revisão técnica de integrantes da Itaipu Binacional, por meio da Diretoria de Coordenação, da Universidade Federal do ABC (UFABC), Prefeitura de Foz do Iguaçu (PMFI), Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR), Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR), Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).
Devem complementar ainda a divulgação do material uma campanha nas redes sociais de algumas das instituições envolvidas, distribuição e fixação de cartazes em pontos estratégicos do município, além da sensibilização e divulgação interna para funcionários da Itaipu e do PTI-BR.
Qualquer pessoa pode fazer o download dos cartazes para impressão nos modelos A4 eA3, clicando nesse link.
Sobre a pesquisa
A rede de esgoto pode fornecer “pistas” para a tomada de decisão em relação à pandemia do coronavírus. Isso ocorre, pois, pessoas com a Covid-19 (sintomáticos e assintomáticos) podem eliminar o vírus nas fezes antes do aparecimento dos primeiros sintomas da doença; e após o desaparecimento dos sintomas, por até 40 dias, com carga viral reduzida.
O projeto “Monitoramento do esgoto como ferramenta de vigilância sanitária para detecção precoce do Sars-Cov-2”, coleta e analisa as amostras para avaliação de resultados. A partir dessas informações, é possível elaborar notas técnicas, gráficos e mapas de calor georreferenciados, sinalizando as regiões com maior e menor incidência do vírus e suas variantes. Os dados também permitem acompanhar a evolução da epidemia e antecipar em até duas semanas a curva da média móvel de casos. Outro resultado esperado é identificar em quais regiões da cidade a campanha de vacinação deve ser intensificada.
Técnicos do Núcleo de Inteligência Territorial (NIT.IB) integram a equipe de coleta de amostras em diferentes pontos do município, incluindo as Estações de Tratamento de Esgoto da Itaipu.
Todo o trabalho é baseado no conceito de “saúde única” (One Health), que defende uma visão integrada entre a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente para o planejamento e execução das políticas públicas.
A inciativa está sendo desenvolvida pela Itaipu Binacional, por meio da Diretoria de Coordenação, em parceria com Universidade Federal do ABC (UFABC), Prefeitura de Foz do Iguaçu (PMFI), Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR), Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR), Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).
Biólogas do NIT.IB integram Fórum Consultivo de Apoio à UGD-RBMA ITAIPU
Nos próximos quatro anos, as biólogas Angela Tischner e Juliana Lunkes estarão oficialmente representando o Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR) no Fórum Consultivo de Apoio à 1ª Unidade de Gestão Descentralizada (UGD) da Reserva da Biosfera do mundo. A iniciativa é liderada pela Itaipu Binacional e o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e conta com a chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Composto por 10 membros governamentais e 10 não-governamentais, o Fórum Consultivo de Apoio à UGD tem como objetivo prestar suporte na implementação das iniciativas previstas no plano de ação, formar câmaras temáticas e definir a continuidade de algumas ações.
A UGD da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (UGD RBMA Itaipu) soma cerca de 860 mil hectares, compreendendo as áreas protegidas da binacional e matas ciliares de 29 municípios que fazem parte da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná Parte 3, limitando-se com o Parque Nacional de Ilha Grande, ao norte, e com o Parque Nacional do Iguaçu, ao sul.
Faixa de proteção ao reservatório de Itaipu integra Reserva da Biosfera. Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional
Angela e Juliana, titular e suplente, respectivamente, são integrantes do Núcleo de Inteligência Territorial (NIT.IB), localizado no Centro de Competência em Inteligência e Gestão Territorial do PTI.
Angela Tischner, bióloga do NIT.IB, é titular do Fórum Consultivo de Apoio à UGD-RBMA ITAIPU |
Juliana Lunkes, bióloga do NIT.IB, é suplente do Fórum Consultivo de Apoio à UGD-RBMA ITAIPU |
Para Angela, "a ideia é aproveitar a ampla expertise do NIT.IB no desenvolvimento de soluções – a partir do uso de diferentes tecnologias para construção de banco de dados – que agregam valor à tomada de decisão, buscando garantir o desenvolvimento regional sustentável, visando a conversação", destacou.
Além do PTI-BR, outras instituições compõem o Fórum, como ICMBio-Parque Nacional do Iguaçu, Instituto Água e Terra (IAT), Conselho dos Municípios Lindeiros, Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), Parque das Aves, Cataratas S/A, entre outros.
Evento on-line que uniu representantes do Fórum. Foto: Captura de tela do YouTube
Como funciona
As áreas de Reserva da Biosfera são implementadas por governos e chanceladas pela Unesco. A gestão é exercida com apoio de colegiados de gestores compostos de forma paritária entre representantes governamentais e não governamentais. A UGD é uma nova instância no sistema e conta com certa independência para a condução dos trabalhos.
Os três principais atributos de uma Reserva da Biosfera, são a conservação dos ecossistemas, o fomento ao desenvolvimento sustentável e a produção de conhecimento científico.
A atuação da UGD está alinhada com a promoção do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11 (apoiar os vínculos econômicos, sociais e ambientais positivos entre as áreas urbanas, metropolitanas e rurais, fortalecendo o desenvolvimento nacional e regional) e de acordo com as premissas do programa A Humanidade e a Biosfera (antigo O Homem e a Biosfera).
Os municípios que fazem parte da iniciativa devem ser os principais beneficiários, uma vez que serão concentrados esforços para que elaborem seus Planos Municipais da Mata Atlântica, ferramenta importante para a conservação do bioma, prevista em lei, e pode facilitar o acesso facilitado a recursos financeiros de programas governamentais e de organismos internacionais.